terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Onde surgimos?


     Por meio de estudos arqueológicos, antropológicos, paleontológicos entre outros, a ciência avança cada vez na tentativa de descobrir a verdadeira origem do homem. Atualmente é consenso entre a grande maioria dos historiadores que os primeiros hominídeos[1] surgiram no continente africano.

    Um dos primeiros hominídeos foi o de gênero Australopithecus, e é interessante destacar que os Australopithecus, “macacos do sul” , não fazem parte do gênero Homo, mas são muito próximos à ele. Os Australopithecus viveram na África  desde aproximadamente 4,5 milhões de anos. De acordo com o que tudo indica eles já tinham o dedo polegar invertido, isso fez com que pudessem manusear pedras, fabricar instrumentos de madeiras e se defenderem de outros animais. Além disso eles já eram bípedes e tinham postura quase ereta. Muitos pesquisadores dizem que eles foram extintos com a primeira glaciação que ocorreu a aproximadamente 2 milhões de anos (outros falam que a maior parte deles se extinguiu a 1 milhão de anos ) . Entre as várias espécies deste gênero estão a africanus e a garhi.




[1] Família taxonômica da qual fazem parte os seres  humanos atuais (Homo sapiens).

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

5 questões sobre Grécia Antiga

#GréciaAntiga #AntiguidadeClássica

1-(MACKENZIE) As diferenças políticas e econômicas entre espartanos e atenienses culminaram no conflito armado denominado:
a)Guerras Médicas
b) Guerras Púnicas
c) Guerra do Peloponeso
d) invasão macedônica
e) Guerras Gaulesas

2-(UEMT) O enfraquecimento das cidades gregas, após a Guerra do Peloponeso (431 – 404 a. C.), possibilitou a conquista da Grécia pelos:
a) bizantinos
b) hititas
c) assírios
d) persas
e) macedônios

3-(S. J. DO RIO PRETO) Os gregos possuíam divindades menores que inspiravam suas criações artísticas e científicas: assim Clio era a musa inspiradora da:
a) Música
b) História
c) Poesia Épica
d) Astronomia
e) Comédia

4-(PUC-RS) A Confederação de Delos, organizada após a vitória dos gregos sobre os persas, teve como conseqüência:

A - a supremacia de Atenas sobre as cidades helênicas;

B - uma duradoura aliança comercial entre os gregos e persas no Mediterrâneo;

C - a hegemonia de Esparta, estendendo seu poder político sobre toda a Grécia;

D - a aliança de Esparta e Atenas por motivos estratégicos;

E - a fortificação de Esparta como principal região estratégica sobre a Grécia.


5-(UEPG/PR) Na sociedade espartana, o hilotismo era elemento constitutivo de sua organização social. Sobre os hilotas, assinale o que for correto:

1 - Eram responsáveis pelo comércio e artesanato locais.

2 - Eram respeitados pela classe dominante espartana, tendo a possibilidade de acumular pequenas fortunas com as quais comprovam títulos de cidadania.

4 - Eram submetidos aos kriptios, forma de repressão e extermínio, para impedir o crescimento demográfico e rebeliões.

8 - Constituíam a camada social subjugada econômica e politicamente e pertenciam ao Estado.

16 - Eram expropriados através da cobrança de impostos extorsivos e sofriam violências por parte dos esparciatas.

Soma(    )

Gabarito:
1-C
2-E
3-B
4-A
5- Soma: 28



( Fonte da imagem: gaelipani0/domínio público/pixabay/

https://pixabay.com/pt/partenon-atenas-gr%C3%A9cia-gregos-595238/ )

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Dicas de Livros

As dicas de livro são do catálogo da Editora Edipro 
Editora Edipro 

Dicas de livros de hoje!!!




1º História Concisa da Grã-Bretanha
Autor: W. A. Speck
Tradutora: Luciana Pudenzi




Sinopse: Este livro oferece uma história concisa e ilustrada da Grã-Bretanha ao longo dos últimos três séculos, desde sua formação como Estado soberano na União da Inglaterra e da Escócia, em 1707, até a perda parcial de sua soberania por ocasião de seu ingresso na Comunidade Europeia, por fim confirmada pelo resultado do referendo de 1975. O tema geral deste livro é a interação entre o Estado e a sociedade. Isto envolve, especificamente, a inter-relação do parlamento com o eleitorado. A protelada introdução da democracia é vista como uma consequência do conservadorismo inerente à sociedade britânica – ou, ao menos, à sociedade inglesa. As causas reacionárias foram mais poderosas, e as forças de inércia mais duradouras que as campanhas radicais – conclusão esta talvez reforçada pelos resultados da eleição de 1992.

Sobre o autor: W. A. Speck é atualmente professor emérito de História Moderna na Universidade de Leeds. O autor – um escritor influente e prolífico na história britânica dos séculos sétimo e oitavo – lecionou na Universidade de Newcastle e na Universidade de Hull, onde foi G. F. Grant Professor of History, no período de 1981-85. Entre suas publicações inclui- se a obra Reluctant Revolutionairies: Englishemen and the Revolution of 1688 [Revolucionários Relutantes: os Ingleses e a Revolução de 1688] (1988).

2º Império Nazista
Autora: Shelley Baranowski
Tradutora: Fernanda Brito Bincoletto



Sinopse: Baseando-se em estudos recentes sobre a relação entre império, colonialismo e genocídio, Império Nazista – o imperialismo e o colonialismo alemão de Bismarck a Hitler analisa a história alemã entre 1871 e 1945 como uma expressão da aspiração à expansão imperialista e o medo simultâneo de destruição pelos rivais. Reconhecendo as importantes diferenças entre o Segundo Império, a República de Weimar e o Terceiro Reich, Shelley Baranowski revela, no entanto, um traço comum: o drama das ambições imperialistas alemãs que adotaram a homogeneidade étnica como superior à diversidade, a ampliação imperial como superior à estase e o “espaço vital” como o caminho para a sobrevivência biológica do Volk alemão.

Sobre a autora: Shelley Baranowski é professora Eminente de História na Universidade de Akron e também autora de Strength through Joy: Consumerism and Mass Tourism in the Third Reich(2004); The Sanctity of Rural Life: Nobility, Protestantism and Nazism in Weimar Prussia (1995); The Confessing Church, Conservative Elites and the Nazi State (1986); e co-editora, juntamente com Ellen Furlough, de Being Elsewhere: Tourism, Consumer Culture, and Identity in Modern Europe and North America (2001).

O quê a imprensa internacional diz sobre a obra:
“Por mais de uma década, os historiadores vêm redescobrindo o fato de que a melhor chave para a questão da continuidade da história alemã pode ser encontrada nas histórias do expansionismo alemão desde meados do século XIX. Admiravelmente sintonizada tanto com os padrões de longo prazo quanto com as terríveis especificidades do Império Nazista, e também com seguro conhecimento de detalhes e uma clara visão analítica, Shelley Baranowski nos dá a melhor síntese crítica sobre este crescente estudo.” — GEOFF ELEY, UNIVERSIDADE DE MICHIGAN —
“Esta grande e nova história política da Alemanha entre 1871 e 1945 faz o trabalho maravilhoso de sintetizar toda a literatura mais recente, em inglês e alemão. Baranowski, em particular, oferece uma discussão perspicaz e criteriosa das continuidades e descontinuidades por todo este período da história alemã e uma análise cuidadosa sobre o que a ideia de ‘império’ significou para as gerações alemãs posteriores.” — Suzzane L. Marchand, UNIVERSIDADE DO ESTADO DA LUISIANA —
“Neste livro ambicioso, Shelley Baranowski, especialista em história da Alemanha Nazista, define aos leitores o que era distintivo sobre a versão nazista do império racial. Ao mesmo tempo, ela oferece um guia valioso para a crescente literatura sobre o colonialismo alemão e suas relações com o nazismo.” — LORA WILDENTHAL, UNIVERSIDADE DE RIC —

3º História Concisa da Índia Moderna
Autores: Barbara D. Metcalf e Thomas R. Metcalf
Tradutor: José Ignacio Coelho Mendes Neto


Sinopse: A História Concisa da Índia Moderna, de Barbara D. Metcalf e Thomas R. Metcalf, tornou-se um clássico da área desde sua primeira publicação em 2001. Sua interpretação renovada da história indiana, dos mongóis até o presente, informou estudantes no mundo inteiro. Nesta terceira edição do livro, um capítulo final traça os dramáticos acontecimentos dos últimos vinte anos, a partir da ascensão da indústria indiana de alta tecnologia num país ainda marcado pela pobreza e pelos distúrbios políticos. A narrativa concentra-se no tema fundamentalmente político das estruturas imaginativas e institucionais que sustentaram e transformaram sucessivamente a Índia, primeiro sob o domínio colonial britânico e, em seguida, após 1947, como um país independente. Integrado à narrativa política mais ampla está um relato do desenvolvimento social e econômico da Índia e da sua rica vida cultural. Em toda a obra, os autores defendem que, apesar da poderosa tradição historiográfica em sentido contrário, nenhum significado duradouro pode ser dado a categorias como “casta”, “hindu”, “muçulmano” ou mesmo “Índia”.

Fonte: edipro.com.br

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Pré-História: discutindo o termo

De acordo com a historiografia tradicional, muito influenciada pelo Positivismo[1] e bastante eurocêntrica a “Pré-História” é o período que vai do surgimento do homem até o aparecimento da escrita, esta em 4000 a.C. O prefixo “pré”, como bem sabemos, é usado para fazermos referência a algo que ocorre antes de outra coisa. Nesse sentido, os homens que viveram no período que erroneamente recebe este nome (“Pré-História”) não fazem parte da “História” e isto, como veremos, está errado.
       Se a História é o estudo do homem no tempo e no espaço e se na chamada “Pré-História” já existia homem e este mesmo já se relacionava de forma íntima com a natureza e com o espaço geográfico em seu tempo, a princípio com a caça, a coleta de frutas e mais tarde com a agricultura , a criação de animais e o cultivo de plantas, já existia sim, História.
      Falar em “Pré-História” é excluir da “História” todas as culturas, mentalidades, crenças e povos que não utilizaram a escrita. Até um dos maiores feitos de todos os tempos que foi a criação da técnica de controle do fogo ficaria fora da História.
      Como bem sabemos, até hoje existem sociedades que não utilizam em suas relações sociais a escrita. Será que não têm história? Pelo contrário!
      Alguns historiadores preferem ao invés de “Pré-História” utilizar, quando estiver fazendo menção à este momento da História ( isso mesmo,da História) o termo Idade Ágrafa, ou seja, “período sem escrita”.







[1] Considerado a nossa área que é a História, pode ser entendida, como já vimos, como a corrente historiográfica que diz que não havia história antes da escrita e que somente documentos oficiais que priorizam esta forma de comunicação devem ser levados em conta na hora de se escrever a história.   

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Dica de Livro

A dica é o livro 1964: História do Regime Militar Brasileiro, de Marcos Napolitano
😃1964: História do Regime Militar BrasileirAutor: Marcos NapolitaA dica é o livro 1964: História do Regime Militar Brasileir


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Sinopse: Exatos cinquenta anos atrás, o Brasil mergulhou em uma ditadura que iria perdurar por mais de duas décadas. É chegado o momento de fazer um balanço histórico do regime militar. Marcos Napolitano, conhecido historiador da USP, discute neste livro sólido e bem escrito as principais questões desses “anos de chumbo”. 
A ditadura durou muito graças ao apoio da sociedade civil, anestesiada pelo “milagre” econômico? Foi Geisel, com a ajuda de Golbery, o pai da abertura, ou foi a sociedade quem derrubou os militares do poder? Como era o dia a dia das pessoas durante o regime militar? Como a cultura aflorou naquele momento? O que aconteceu com a oposição e como ela se reergueu? Qual a reação da sociedade (e do governo) à tortura e ao “desaparecimento” de presos políticos?
Obra de historiador, livro obrigatório para quem quer compreender o Brasil, uma síntese brilhante.
Sobre o autor: Marcos Napolitano é doutor em História Social pela USP e professor do Departamento de História da mesma universidade, onde leciona História do Brasil Independente. É autor e coautor de vários livros, entre os quais "Como usar o cinema em sala de aula", "Como usar a televisão na sala de aula", "Cultura brasileira: utopia e massificação", "História na sala de aula" e "Fontes históricas", todos publicados pela Editora Contexto.
Veja no link abaixo um vídeo do autor falando sobre o livro:
https://www.youtube.com/watch?v=6CPXyTFYGtY

Dica de Livro

Esta dica é de grande importância para alunos do curso de História e professores da área e para quem deseje seguir a carreira de historiador: Projeto de pesquisa em História, de José D'Assunção Barros.
Editora Vozes
Veja: http://goo.gl/pZJKVN

Sinopse: O Projeto de Pesquisa na História é um instrumento essencial para que o historiador tenha em sua mente os caminhos que serão percorridos. O livro orienta alunos e pesquisadores não só na elaboração de um projeto de pesquisa, mas também para desenvolver uma pesquisa em História. Assim, o leitor compreenderá como se faz História hoje, através de um raciocínio lógico pautado em diversos documentos.



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Dica de Livro

A dica de livro de hoje é A grande aventura
dos  jusuítas no Brasil, de Tiago Cordeiro


Editora Planeta
Sinopse➡Catequização dos índios, contribuição para a literatura, desenvolvimento do conhecimento geográfico e belas construções de centros educacionais e igrejas são só algumas das muitas realizações dos Jesuítas. Poucos sabem a importância que tiveram para a formação social do Brasil. Organizada por Inácio de Loyola em 1534, a Companhia de Jesus, mais conhecida como ordem dos Jesuítas, é hoje um dos maiores grupos da Igreja Católica. Uma relação de amor e ódio define a atuação dos homens de preto no processo de colonização da terra de Santa Cruz. Por vezes, foram contra a opinião de seu país de origem e, em outras,por meio de conflitos que iam muito além das discussões, chegaram a ser expulsos pelos nativos. Em A grande aventura dos Jesuítas no Brasil será possível saber muito mais sobre Manoel da Nóbrega, José de Anchieta, Antônio Vieira, além de outros célebres desconhecidos que tiveram atuação importantíssima em terras brasileiras. Recheado de curiosidades,dramas, tragédias, guerras e muitas histórias, este livro desvenda ações sociais praticadas até hoje. Entender a história é a melhor maneira de explicar a atualidade.
➡Sobre o autor: Tiago Cordeiro é jornalista, pós-graduado em Literatura Brasileira.Nascido em Curitiba, foi repórter das revistas Época e Veja e editor da revista Aventuras na História. Atualmente, é colaborador da própria Aventuras na História e as revistas Galileu, Superinteressante e Mundo Estranho. Foi indicado ao Prêmio Esso de infografia e vencedor da medalha de prata do Prêmio Malofiej pela reportagem A história sangrenta da medicina.

Os sentidos da palavra "história"


 Bem, a palavra “história” tem sentido polissêmico, isto é , pode apresentar vários sentidos. Iremos dizer aqui quais são os três sentidos principais incorporados por ela.


 São eles:

- história enquanto processo vivido ligado à memória: é um conjunto de acontecimentos pessoais ou de um grupo que contam e trazem à memória relatos do dia-a-dia. São as alegrias, as tristezas, as comemorações que ficam na lembrança. São aquelas histórias que as pessoas mais velhas contam, que ao longo do tempo são transmitidas para os mais novos. Quem nunca ouviu a avô dizer : “Quando eu era mais nova...” e daí pra frente narrar uma série de relatos pessoais de coisas que aconteceram não só com ela, mas com o seu grupo de amigos que tinha na época em que ocorreu tais fatos, por exemplo ?. Devemos tomar cuidado, pois a memória de uma grupo sempre exalta seus próprios ideais e , as vezes condena os dos outros. Nessa guerra entre memória e esquecimento o que prevalece é a visão do grupo dominante.

-história ficção: são histórias inventadas para entreter, emocionar, passar uma reflexão sobre determinado assunto. Elas podem ser inspiradas em culturas e formas de pensar de determinadas épocas.Podem contar aventuras de animais sempre com um fundo moral no final ( fábula ). Podem passar ao leitor autoconfiança , determinação ( textos de auto-ajuda). São Contos, novelas, filmes. São obras literárias como Memórias Póstumas de Brás Cuba ( romance escrito por Machado de Assis, desenvolvido em princípio como folhetim ), são séries amadas pelo público infanto-juvenil como Harry Potter.

- História com “H” maiúsculo: a disciplina, ciência humana que se preocupa em estudar como se organizaram e quais foram as mentalidades, estruturas econômicas, política, sociais, jurídicas, das diversas sociedades ao longo do tempo e como , a partir disso, podemos melhor compreender o presente e ter alguma pespectiva para o futuro. A História ganha , de fato, nome de ciência a partir do século XIX 


( é interessante destacar que nem todos os estudiosos consideram a História como sendo uma ciência por não poder provar de forma efetiva o que diz a respeito de determinadas coisas, como fazem a Física e a Química. Outros dizem que a História é uma ciência em construção )

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Dica de Livro

A dica de livro de hoje é o livro Tempos de Turbilhão-Relatos do Golpe de 64,de Darcy Ribeiro


Sobre o livro: Este livro reúne textos esparsos, escritos por Darcy ao longo dos tempos. Eles mostram sua visão do que aconteceu imediatamente antes, relatam como foram os momentos do golpe, e estendem-se depois, pelo exílio. Mostram como seus companheiros de derrota viveram seus primeiros tempos de exilados.
Além de figura central, pelo cargo que ocupava no momento do golpe, Darcy Ribeiro era também uma das pessoas mais próximas de Jango. Até o último instante, achava que o presidente devia resistir. Tentou convencê-lo por todas as formas e com todos os argumentos. Em vão. Mais do que oportuno, é importante, de uma enorme importância, conhecer o relato de Darcy Ribeiro, figura central daqueles acontecimentos. E recordar que, da mesma forma que amargou a derrota, ele soube se reinventar para continuar, até o fim, lutando com a felicidade dos peregrinos para tentar reinventar o Brasil.Passados cinquenta anos, é interessante - e importante - rever as observações e conhecer o relato de Darcy Ribeiro.
Eric Nepomuceno
Fonte: www.globaleditora .com.br
Sobre o autor: Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922. Formado em Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1946, Darcy construiu uma brilhante carreira intelectual de projeção internacional, notadamente nos campos da antropologia, etnologia e educação. Além de ter sido um estudioso do modo de vida dos povos indígenas, Darcy os defendeu arduamente. Em 1954, organizou no Rio de Janeiro o Museu do Índio, o qual dirigiu até 1957. Também em 1954, elaborou o plano de criação do Parque Indígena do Xingu, situado ao norte do estado de Mato Grosso. Darcy Ribeiro destacou-se como escritor, educador e político, além de ter sido figura presente nos momentos centrais da história brasileira da segunda metade do século XX. Foi ministro-chefe da Casa Civil do governo João Goulart (durante o qual foi também ministro da Educação) e foi eleito vice-governador do Rio de Janeiro em 1982. Neste período, foi concomitantemente secretário de Estado da Cultura e coordenador do Programa Especial de Educação, com a missão de implantar 500 CIEPs no Estado do Rio de Janeiro. Exerceu papel central na fundação da Universidade de Brasília, em 1962, da qual foi o primeiro reitor. Foi senador da República entre 1991 e 1997 e membro da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em Brasília em 17 de fevereiro de 1997. 
Fonte: www.globaleditora .com.br 

O que é História?

Uma pequena explicação...

O historiador Fernand Braudel ( 1902-1985 ) dizia: “História é passado e presente, um e outro inseparáveis”. O estadista e historiador romano  Marco Túlio Cícero (102 a.C- 43 a.C ) vai mais além ao afirmar  “A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos.”
A palavra História tem origem no grego antigo, “ἱστορία” , "historie" , que significa “conhecimento através da investigação”. A História é a ciência humana que estuda o homem no tempo e no espaço.  O historiador é o profissional que narra a história humana. Ao analisar o passado o historiador leva em consideração a estrutura social, a economia, a política, a cultura, a religião, entre outros aspectos das sociedades que se desenvolveram ao longo do tempo histórico. Cada sociedade se desenvolve de uma forma, com suas próprias estruturas culturais e mentais o que as fazem singulares, portanto, é essencial que o historiador ao estudá-las tenha em mente que vive em outra sociedade, em outro período histórico ( considerando que o recorte temático estudado não seja o atual ), e com formas de pensar diferentes. Este profissional tem que tomar cuidado também com o que se denomina de anacronismo que é, basicamente , a atribuição de características de determinadas épocas a outras, ou um erro de datação, por exemplo.



                 Por que estudar História ?                                              

"A história não é o estudo do passado pelo passado, é necessário ir ao passado para a compreensão de todos os questionamentos do tempo presente" ( Tiago Menta ).

O estudo histórico não é simplesmente decorar datas, saber em sequência o nomes dos imperadores de determinado império. Não! Não é só isso! O estudo da História é uma análise profunda do passado, uma reflexão intensa que nos faz entender o presente,por que uma coisa é como é e não de outro jeito, sua consequências para o presente, no que influencia, lados positivos, negativos, uma pessoa que conhece as mais diferentes culturas, respeita mais a diversidade ,e isso já são motivos suficientes para se estudar esta maravilhosa área do saber. Não se compreende o presente sem saber como ele foi construído ao longo do tempo. Veja o que o historiador Boris Fausto diz :


                “A História é vital para a formação da cidadania porque nos mostra  que para compreender o que está acontecendo no presente é preciso entender quais foram os caminhos percorridos pela sociedade.”

Veja o que disse um dos líderes socialistas de Cuba:

“Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”, disse Ernesto Ché Guevara (a frase original é de Edmund Burke).

Nesse sentido, o estudo da história humana torna-se um instrumento de prevenção.


Imagem: domínio público/pixabay/Tentes
( https://pixabay.com/pt/rel%C3%B3gio-de-bolso-cl%C3%A1ssico-antigo-598039/ )




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dica de livro

    A dica de hoje é o livro História Medieval do Ocidente da autora Daniela Buono Calainho.


Sinopse: História Medieval do Ocidente tem por objetivo fornecer um panorama geral acerca do Ocidente cristão medieval, envolvendo aspectos econômicos, políticos, sociais, culturais e religiosos. Esta obra dividi este vasto período em dois grandes blocos, consagrados já pela historiografia: a Alta Idade Média, englobando os séculos V a X, caracterizada pelo período de formação da estrutura feudal, e a Baixa Idade Média, do século XI até o século XIV, onde o feudalismo já estava plenamente consolidado.

Sobre a autora:  Daniela Buono Calainho é doutora em História (2000) pela Universidade Federal Fluminense;professora-associada da UERJ-FFP, de História do Brasil Colonial,História Ibérica e História Medieval. 


Questões sobre Pré-História

    A Pré-História é o período da história humana que, tradicionalmente, vai desde o surgimento do ser humano até o aparecimento da escrita. O termo “Pré-História” é muito criticado, pois sugere que o ser humano antes da invenção de escrita não fez e não tem história. Mas, ele fez e tem sim, história. Muitos pesquisadores gostam de utilizar o termo “Idade Ágrafa”, isto é, Período sem Escrita.
Bem, vamos às questões:
Obs.: no final tem o gabarito.

1-(UFRR/RR) 
Considere as afirmações sobre o período paleolítico:
I - Paleolítico é o primeiro e mais extenso período que conhecemos da história da humanidade, nele surgem os primeiros hominídeos antepassados do homem moderno;
II - Com o desenvolvimento da mente e a acumulação de experiências e conhecimentos, os homens primitivos foram aperfeiçoando seus instrumentos, utensílios domésticos e armas, suas técnicas e meios de subsistência;
III - Os homens do paleolítico viviam de uma maneira muito primitiva, em grupos nômades, ou seja, se deslocavam constantemente de região para região em busca de alimentos. Habitavam em cavernas, copas de árvores, saliências rochosas, ou tendas feitas de galhos e cobertas de folhas ou de pele de animais;
IV - Os instrumentos ou ferramentas do paleolítico eram de pedra, madeira ou osso. A técnica usada para fabricar seus instrumentos era de bater na pedra de maneira a lhe dar a forma adequada para cortar, raspar ou furar.
Em relação às proposições acima podemos afirmar que:
A - Todos os itens são falsos.
B - Todas estão corretas.
C - Apenas o item I é verdadeiro.
D - Apenas o item II é falso.
E - Os itens II, III e IV são falsos.

2- (UFPB) A historiografia costuma chamar as sociedades que se desenvolveram antes da invenção da escrita como “pré-históricas”. Os homens dessas sociedades paulatinamente superaram suas deficiências físicas e de raciocínio, bem como de adaptação ao ambiente,
onde passaram a criar condições materiais para sobreviver. Sobre esse longo período, em que viveram essas sociedades, afirma-se:
I. O paleolítico é caracterizado como o período da pedra lascada, em que a luta pela sobrevivência tinha por base a caça, a pesca e a coleta. Os homens eram nômades, viviam em bandos e habitavam as cavernas.
II. A principal conquista do neolítico foi o domínio do fogo, que possibilitou ao homem defender-se de animais, preparar alimentos, proteger-se do frio e sedentarizar-se, organizando-se em tribos e vivendo em aldeias agrícolas auto-suficientes.
III. Duas características marcaram a Idade dos Metais: a revolução urbana e o uso de instrumentos de metal na fabricação de utensílios e armas. Esse período se distingue pela harmonia entre os povos.
Considerando as afirmativas, está(ão) correta(s):
a) apenas I;
b) apenas II;
c) apenas III;
d) apenas I e II;
e) todas as alternativas estão corretas.

3-(UNESP/SP) Nos últimos anos, apoiada em técnicas mais avançadas, a arqueologia tem fornecido pistas e indícios sobre a história dos primeiros habitantes do território brasileiro antes da chegada dos europeus. Sobre esse período da história, é possível afirmar que:
A - as práticas agrícolas, até a chegada dos europeus, eram desconhecidas por todas as populações nativas que, conforme os vestígios encontrados, sobreviviam apenas da coleta, caça e pesca;
B - os vestígios mais antigos de grupos humanos foram encontrados na região do Piauí e as datações sobre suas origens são bastante controvertidas, variando entre 12 mil e 40 mil anos;
C - os restos de sepulturas e pinturas encontrados em cavernas de várias regiões do país indicam que os costumes e hábitos desses primeiros habitantes eram idênticos aos dos atuais indígenas nas reservas;
D - os sambaquis, vestígios datados de 20 mil anos, comprovam o desconhecimento da cerâmica entre os indígenas da região, técnica desenvolvida apenas entre povos andinos, maias e astecas;
E - os sítios arqueológicos da ilha de Marajó são provas da existência de importantes culturas urbanas com sociedades estratificadas que mantinham relações comerciais com povos das Antilhas e América Central.

4- (UFMS) A respeito da “Revolução Neolítica”, também conhecida como “Revolução Agrícola”, é correto afirmar que:
A - significou uma radical mudança no modo de vida das sociedades humanas, haja vista que elas se tornaram menos sedentárias e mais dependentes da caça e da coleta para a sua sobrevivência;
B - nas Américas, a “Revolução Neolítica” corresponde ao período chamado de “Paleoíndio”, ou seja, aquele referente aos primeiros povoados do continente;
C - teve início devido a vários fatores, entre os quais as mudanças climáticas de repercussão planetária e o aumento da população humana em certas regiões do globo;
D - o desenvolvimento da agricultura se deu de forma independente e dissociada do processo de domesticação de animais como bois, carneiros, porcos e patos, entre outros, seja nas Américas, seja na África e na Eurásia;
E - via de regra, tanto nas Américas como na Eurásia, mulheres tiveram pouco ou nenhum papel relevante no processo de produção de vegetais domesticados e na criação de animais.

5- (UFPE) Sobre os ancestrais do homem moderno, é falso afirmar que:
a) no Paleolítico inferior, viveram os primeiros bandos de Australopitecos, Pithecantropus, Sinantropus e Paleontropus, todos pertencentes à família dos homínidas;
b) os hominídeos do Pleistoceno, ao contrário dos homínidos do Paleolítico inferior, se constituíam em uma única espécie;
c) com base nos estudos dos artefatos produzidos pelos homínidos, foram classificadas duas culturas: a cultura do núcleo e a cultura das lascas;
d) vivendo em bandos, os hominídeos desenvolveram cooperação, produção e transmissão de conhecimento;
e) segundo estudos geológicos e paleontológicos, os ancestrais do Homo sapiens, assim como o Homo sapiens, última espécie hominídea, surgiu no Pleistoceno.

6- (UFMS) A passagem da locomoção quadrúpede para a bípede exigiu mudanças substanciais na estrutura anatômica do corpo. Os humanos têm membros posteriores mais curtos, uma pélvis mais achatada, dedos das mãos e pés retos, e uma região lombar reduzida quando a comparamos com as dos gorilas e chimpanzés. (LEAKEI, R. A origem da espécie humana.)
Estudos da Pré-História humana permitem concluir que o hominídeo mais primitivo é:
A - Homo sapiens;
B - Australopithecus afarensis;
C - Ramaphitecus;
D - Cro-Magnon;
E - Neandertalensis.

7- (UFMS)
A respeito do processo de evolução que favoreceu o surgimento do Homo sapiens moderno, pode-se dizer que:
A - recentes pesquisas arqueológicas atestam que a origem da humanidade se deu na Ásia e que o Homo floresiensis, encontrado na Ilha da Flores, Indonésia, foi a primeira espécie do gênero Homo conhecida em todo o planeta;
B - ao que tudo indica, logo que o homem moderno sugiu na África, há cerca de 120 mil anos, a diversidade ambiental do planeta induziu o processo de diversificação genética e morfológica da nossa espécie;
C - na década de 1970, na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, arqueólogos brasileiros e franceses desenterraram a famosa Luzia, nome que deram ao esqueleto de uma mulher que ali viveu há cerca de 200 mil anos. Portanto, ao contrário do que se pensava, o Brasil é um fortíssimo candidato a ser o país onde pode ter surgido o homem moderno;
D - o Homo sapiens moderno surgiu diretamente da evolução do Homo sapiens neanderthalensis e do Homo erectus, que viveram na Europa centro-oriental, entre 200 e 15 mil anos atrás;
E - a medida que houve o processo de evolução biológica, uma das tendências marcantes foi a diminuição da capacidade craniana dos australopitecus, os primeiros hominídeos, até o Homo sapiens sapiens, a nossa epécie.

8- (Ufrgs/2008) A Idade da Pedra costuma ser dividida em três períodos: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.
Associe as cinco características da Idade da Pedra listadas a seguir, no bloco inferior, aos períodos citados no bloco superior.

1 - Paleolítico
2 - Mesolítico
3 - Neolítico

(     ) domesticação de animais
(     ) descoberta do fogo
(     ) formas e motivos abstratos na arte
(     ) artefatos de pedra lascada
(     ) difusão da agricultura

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) 3 - 1 - 2 - 1 - 3.
b) 1 - 3 - 1 - 2 - 3.
c) 2 - 1 - 3 - 3 - 1.
d) 1 - 2 - 3 - 2 - 1.
e) 3 - 2 - 1 - 3 - 2.

9-(Ufpi/2008) Nas últimas décadas o Piauí vem figurando como um tema obrigatório nas discussões sobre o primitivo povoamento do território americano, o que decorre, principalmente, dos achados arqueológicos da Serra da Capivara, no município piauiense de São Raimundo Nonato. Sobre esse assunto, assinale, nas alternativas a seguir, aquela que está INCORRETA:
a) Os municípios de São Raimundo Nonato, no Piauí, e de Central, na Bahia, detêm os mais antigos vestígios da presença humana na região nordeste.
b) O acervo arqueológico de São Raimundo Nonato é administrado pela FUMDHAM - Fundação Museu do Homem Americano.
c) A arqueóloga Niede Guidon, personalidade mais conhecida entre os profissionais que atuam junto ao acervo arqueológico de São Raimundo Nonato, tem protagonizado, ao longo dos anos, vários conflitos e polêmicas com o governo do Piauí, com órgãos federais como o IBAMA e até mesmo, com nativos do município de São Raimundo Nonato.
d) Os achados arqueológicos de São Raimundo Nonato, no Piauí, assim como aqueles encontrados na Bahia, impõem uma revisão das teorias sobre o povoamento da América e não deixam dúvidas quanto à natureza autóctone do homem americano.
e) Hoje, apesar de ainda ser forte a tese do povoamento da América ter-se dado através do Estreito de Behring, os estudiosos, a partir de acervos arqueológicos como os do Piauí, consideram seriamente a hipótese de múltiplas correntes de povoamento. Quanto à data da chegada dos primeiros povoadores, ainda há muitas controvérsias, não estando, em rigor, nada definitivamente estabelecido.



10-(Ufes/2007)  "À grande transformação econômica da Idade do Bronze dá-se o nome de Revolução Urbana. Essa revolução correspondeu à passagem das comunidades agrícolas auto-suficientes para cidades, com comércio e artesanato especializado. A agricultura continuou como a principal atividade econômica, mas a economia, antes agrícola e pastoril, ganhou maior diversidade e complexidade com a multiplicação dos ofícios ou profissões e com o estabelecimento de um sistema regular de trocas. Assim, por volta de 3000 a.C., o Egito, a Mesopotâmia e o Vale do Indo já não eram mais um conjunto de aldeias de agricultores auto-suficientes, mas constituíam Estados, com uma complexa organização social."
                (AQUINO, R. S. et al. "História das sociedades, das comunidades primitivas às sociedades medievais". Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1980. p. 77-78. Adaptado.)

Dos itens a seguir, o único que NÃO pode ser considerado característica da Revolução Urbana que resultou na formação da Civilização Mesopotâmica por volta de 3000 a.C. é
a) a escrita cuneiforme.
b) a metalurgia do bronze.
c) o modo-de-produção escravista.
d) a arquitetura monumental, com destaque para os "zigurates".
e) o sistema de Cidades-Estados independentes (Ur, Lagash, Nippur, Umma e outras).


Gabarito:
1-      A
2-      A
3-      B
4-      C
5-      B
6-      B
7-      B
8-      A
9-      D
10-   C


          Imagem: Bisão de Altamira, Espanha
     Fonte: domínio público/ pixabay/ janeb13
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          (Acesso em 12/02/2016 às 14:15, horário de Brasília)