De acordo com a
historiografia tradicional, muito influenciada pelo Positivismo[1] e
bastante eurocêntrica a “Pré-História” é o período que vai do surgimento do
homem até o aparecimento da escrita, esta em 4000 a.C. O prefixo “pré”, como
bem sabemos, é usado para fazermos referência a algo que ocorre antes de outra
coisa. Nesse sentido, os homens que viveram no período que erroneamente recebe
este nome (“Pré-História”) não fazem parte da “História” e isto, como veremos,
está errado.
Se a História é o estudo do homem no
tempo e no espaço e se na chamada “Pré-História” já existia homem e este mesmo
já se relacionava de forma íntima com a natureza e com o espaço geográfico em
seu tempo, a princípio com a caça, a coleta de frutas e mais tarde com a
agricultura , a criação de animais e o cultivo de plantas, já existia sim,
História.
Falar em “Pré-História” é excluir da
“História” todas as culturas, mentalidades, crenças e povos que não utilizaram
a escrita. Até um dos maiores feitos de todos os tempos que foi a criação da
técnica de controle do fogo ficaria fora da História.
Como bem sabemos, até hoje existem
sociedades que não utilizam em suas relações sociais a escrita. Será que não
têm história? Pelo contrário!
Alguns historiadores preferem ao invés de
“Pré-História” utilizar, quando estiver fazendo menção à este momento da
História ( isso mesmo,da História) o
termo Idade Ágrafa, ou seja,
“período sem escrita”.
[1]
Considerado a nossa área que é a História, pode ser entendida, como já vimos,
como a corrente historiográfica que diz que não havia história antes da escrita
e que somente documentos oficiais que priorizam esta forma de comunicação devem
ser levados em conta na hora de se escrever a história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário