De ponta a ponta, é tudo praia-palma,
muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande,
porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos,
que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja
ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons
ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode
tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero
Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São
Paulo: Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite
entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato
enfatiza o seguinte objetivo:
A) Valorizar
a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
B) Descrever
a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
C) Transmitir
o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico
existente.
D) Realçar a pobreza dos
habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.
E)
Criticar o modo de vida dos povos
autóctones para
evidenciar a ausência de trabalho.
Resolução:
A
A carta de Pero Vaz de Caminha ressalta a importância da catequese dos índios para os portugueses. Dentre as justificativas da posse e colonização das terras descobertas no Atlântico, a catequização dos povos ameríndios era a mais importante. A catequização de novos povos também fazia parte da estratégia da Igreja católica de aumentar seu número de féis, em um momento que o protestantismo crescia na Europa.
Fonte: http://educacao.globo.com/